Vida pastoral: por que precisamos caminhar juntos em unidade

cinco continentes! Mas, de forma bem prática, onde e como vivemos a unidade e testemunhamos o novo mandamento que o Senhor nos deixou?

Para isso, deixamos o continente a qual pertencemos e chegamos a uma pequena porção de terra, que alimenta a nossa fé. Esse lugar chamamos de Paróquia, comunidade, capela ou o Santuário que nos acolhe, nos abençoa e nos apresenta todos os dias a Palavra de Deus.

São nesses espaços de oração e encontros fraternos que experimentamos a unidade por meio das celebrações, das pastorais e dos movimentos que encontramos ou participamos! 

E dessa forma também encontramos o Senhor, porque Ele quis assim. Então, vamos aprofundar a importância da unidade, da fraternidade e do serviço ao outro como um dom que nos faz mais irmãos e reflete o Evangelho para os quatro cantos do mundo! 

Caminhar juntos em unidade, mas o que é unidade?

“Aonde quer que vamos, mesmo na menor paróquia, na esquina mais perdida desta terra, há a única Igreja; nós estamos em casa, somos uma família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos”

Essas palavras do Papa Francisco nos esclarecem sobre o que é unidade. No mesmo discurso ele disse que a Igreja está espalhada em todo o mundo, mas permanece sempre a mesma para todos, ou seja, ela é una em qualquer lugar onde formos.  

Por isso, os cristãos confessam e crêem na Igreja una, santa, católica e apostólica. E as Igrejas locais – ou dioceses – são manifestações e concretizações, em lugares diferentes, da única Igreja de Cristo, a Santa Igreja Católica, sob a intercessão da Virgem Maria.

Apesar da diversidade cultural entre os povos, somos batizados na mesma fé, participamos dos mesmos sacramentos, o rito eucarístico é um só, não importa a nação, somos orientados pelos bispos, representantes dos apóstolos e isso é caminhar juntos na unidade.

O papel da fraternidade para caminhar juntos em unidade

Assim como a unidade favorece caminhar juntos na unidade, a fraternidade também. E precisamos acolher o que a Igreja nos fala sobre sermos irmãos. Se a unidade nos liga pela fé, esperança e caridade, a fraternidade é a acolhida do outro como meu irmão, é a argola que une o elo dessa unidade.

E como é importante a fraternidade! Corremos o risco de caminhar na fé, mas longe do irmão, indiferentes ao sofrimento do outro, sem estendermos a mão, sem compromisso, distantes do Evangelho e da justiça do Reino de Deus.

Mas, ao contrário, a fraternidade é o testemunho dos apóstolos depois do Pentecostes. Eles amavam uns aos outros de tal forma que cativaram multidões, causando admiração (At 2, 47). Logo, a fraternidade é a melhor forma de pregar o Evangelho e dispensa palavras.

Sabemos que é um desafio atualmente, mas sempre foi, porque a fraternidade evangélica não se resume à simpatia que temos pelas pessoas do nosso grupo. Ela vai além e alcança todos, principalmente os mais pobres, mas começa em nossas pastorais e movimentos.

“Ou somos irmãos ou tudo desaba.” (Papa Francisco)

Essas palavras do Papa Francisco parecem trágicas, mas elas são um convite a mudarmos de rota diante de tanta indiferença quando se trata da vida humana, porque assistimos a violências constantes, a inúmeros conflitos e guerras espalhados no mundo.

Mas a fraternidade é possível. Ela começa com pequenos gestos na família e se estende para as nossas comunidades de fé, principalmente quando nos responsabilizamos por construir o Reino de Deus entre nós e caminhar juntos em unidade.

Por isso, propomos alguns gestos fraternos, inspirados no Evangelho, para nos ajudar a praticar o amor e a caminharmos juntos em unidade.

5 gestos para colocar em prática

#Acolher o outro – receber o outro como um presente de Deus, em qualquer lugar ou situação, uma vez que a comunidade de irmãos são escolhidos pelo Pai do céu.

#Escutar uns aos outros – após a acolhida, vem a escuta. Dar tempo ao outro é o maior presente da atualidade porque as pessoas estão sempre com pressa. Mas Jesus nos dá o exemplo de escuta perfeita.

#Cultivar o diálogo sempre –  conversar é a primeira forma de alcançar a paz. Nas comunidades de fé, somos muito diferentes, às vezes discordamos, como nas nossas famílias, mas o diálogo nos aproxima e quebra obstáculos. 

#Incentivar as iniciativas de evangelização – assim como a finalidade da escola é educar, a da Igreja é evangelizar, e todos colaboramos! Porém, precisamos do apoio, incentivo e ajuda uns dos outros para caminhar juntos na unidade

#Abençoar e perdoar – a oração está em nossa vida pessoal, familiar e na comunidade. Ela nos une ao Senhor e uns aos outros. E se há oração, há perdão – duas armas infalíveis contra indiferenças e mal-entendidos.

Por fim, temos ao nosso lado a intercessão da Virgem Maria – Auxílio dos Cristãos. Ela nos ajuda a viver a unidade, intercede por nós e, como a Estrela da nova evangelização, nos inspira fraternidade segundo o Coração do seu Filho. 

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